“Os maias contavam o tempo de existência do mundo a partir do ano 3114
a. C. no calendário cristão, sendo que um ciclo total se encerraria 5126 anos
depois da era inicial. A diferença dá exatamente 2012! O fato é que os maias
não falaram nada do que viria depois, isto porque já o sabiam: tudo se
repetiria”.
O fim de qual mundo? – www.ultimato.com.br
Os
maias acreditavam que os deuses tinham criado a Terra junto com os animais. Então
criaram também os seres humanos de lama, mas estes eram muito frágeis e se
desfaziam. Assim, houve um dilúvio que varreu a primeira humanidade. Depois desses
acontecimentos, as divindades criaram os humanos a partir da madeira, mas estes
não tinham alma, houve um segundo dilúvio pondo um fim à segunda humanidade.
Dessa vez, os deuses criaram o homem a partir do milho, oferecendo-lhe a
consciência de si mesmo. O sangue desses homens foi obtido pelo sangue dos
próprios deuses. Por isso, para merecerem a dádiva de sua própria existência e
agradecer pelo sangue dos deuses, os homens deveriam reverenciá-los e lhes
fazer sacrifícios de sangue.
Um
escravo, um prisioneiro de guerra ou uma virgem eram oferecidos em sacrifício. O
sacerdote arrancava o coração da vítima ainda com vida e o erguia ensanguentado em direção ao
sol. Esse ritual iria agradar os deuses que lhes deram seu próprio sangue.
Os
sacrifícios também tinham outra importância, que estava relacionada com o modo
como os maias entendiam o tempo. Para eles o tempo era como um ciclo. De tempos
em tempos acabava-se uma era e recomeça-se outra e o que iria garantir a
continuidade desse ciclo eram os sacrifícios de sangue.
Por
tanto, para os maias não existiria um “fim do mundo”, mas o término de uma era
e o recomeço, no qual os acontecimentos voltam a se repetir. Para eles, só
existiria um “fim do mundo”, se eles negligenciassem os sacrifícios.