Abel Alberto da Fonseca nasceu em
25 de Março de 1887 na comunidade assuense de Panon. Em 1910, mudou-se para o
povoado de Poço da lavagem, onde se dedicou a atividades comerciais. Neste
mesmo ano também aconteceu o seu casamento com a Sr.ª Júlia Câmara, que era
natural de Ceará-Mirim. O casal teve apenas um filho. Júlia adoeceu e faleceu
prematuramente, então Abel casou-se com a Sr.ª Iracema Borja da Fonsêca com
quem viveu até o fim de seus dias e tiveram uma filha. Abel ainda teve um caso
extraconjugal com a jovem França Fernandes e com ela gerou quatro filhos.
Abel Alberto teve uma
participação social, política e econômica intensa em Poço da Lavagem, pois
neste lugar ele construiu o que veio a ser o seu famoso sobrado, obra que
marcou a arquitetura local da época que era acostumada com as modéstias casas
de taipas. Em 1913 ele organizou a feira livre aos domingos pela manhã. Em 1914
instalou uma indústria para descaroçar algodão. Devoto de Santa Luzia e segundo
alguns mais velhos, devido a uma promessa, consegue mudar o nome do povoado de
Poço da Lavagem para Santa Luzia, tornando-a padroeira daquele local, organizando
as festividades alusivas à santa e liderando o movimento para a construção da
Igreja de Santa Luzia em 1913.
Em 1926, montou um engenho para
fabricar rapadura, além de possuir uma usina de fazer cera de carnaúba. Em 1928
contratou a primeira professora do povoado, a Sr.ª Francisca Borja e em 1929
lutou e conseguiu a instalação de um telefone público, o primeiro do povoado,
que teve como sua primeira telefonista a Sr.ª Iracema Borjes da Fonsêca.
Em 1951, Abel foi morar na cidade
de Assu e oito anos depois, em 17 de Abril de 1959, ele morreu naquela mesma
cidade, deixando um legado muito grande de trabalho e melhorias na vida dos
moradores de Santa Luzia (Carnaubais).
Sou tataraneta de Abel. Meu bisavô, João Moura da Fonseca, foi um dos quatro filhos da relação de Abel com França Fernandes.
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